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Huawei negocia para administrar redes de Etisalat e Saudi Telecom

Empresa chinesa pretende expandir parcerias também com outras operadoras de telefonia fixa do Oriente Médio

DUBAI - A Huawei está em negociações com a Etisalat e a Saudi Telecom para operar as redes de telefonia fixa das duas operadoras do Golfo Pérsico, informou um executivo, o que pode cimentar a liderança da chinesa na região, cujo mercado movimenta US$ 1 bilhão ao ano.

A Huawei, segunda maior fabricante mundial de equipamento para telecomunicações, está conduzindo negociações semelhantes com diversas outras operadoras do Oriente Médio, informou o executivo por e-mail, sem as citar, alegando que as negociações são confidenciais.

“A Huawei tem fortes parcerias com a maioria das operadoras regionais e está procurando maneiras de expandi-las”, disse o vice-presidente de entregas e serviço da Huawei para o Oriente Médio, Xia Chaojie.
“Estamos vendo uma chance de expandi-las por meio de novas tecnologias e também estamos considerando a operação de serviços de telefonia fixa. Começamos a negociar com todos os nossos parceiros em telefonia fixa no Oriente Médio, entre eles Saudi Telecom e Etisalat”, afirmou.

A Etisalat é o ex-monopólio estatal de telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos, e a administração de redes significa que a operadora terceiriza a manutenção da estrutura para um parceiro independente.
A prática vem se tornando cada vez mais comum no Oriente Médio, e permite às operadoras se concentrarem em marketing e no atendimento ao consumidor, como forma de diferenciação diante da concorrência.

A manutenção terceirizada de redes também costuma reduzir de 13% a 20% os custos operacionais de uma operadora, de acordo com Xia.

Ele estimou que o segmento de redes terceirizadas no Oriente Médio tenha movimentado US$ 1 bilhão no ano passado, e afirma que a fatia da Huawei nesse mercado foi de 55%. O executivo previu que a receita do segmento crescerá 18% anuais nos próximos dois a três anos.

“No Golfo Pérsico, estamos tendo ou já tivemos parcerias de gestão de serviços com a maioria das grandes operadoras”, disse.

Isso inclui acordos de longo prazo com a Nawras, do Omã, subsidiária da Qatar Telecom; com a Mobily, da Arábia Saudita, em parte controlada pela Etisalat; e com a du, dos Emirados.